Novas funcionalidades, plataformas como forma de pesquisa de mercado e novas gerações no mercado digital marcam as transformações deste ano
As plataformas digitais são desenhadas para prender a atenção dos usuários, influenciando padrões sociais e de consumo de tecnologia. Nos últimos dois anos, diversas transformações e novas funcionalidades foram acrescentadas aos sites e aplicativos para torná-los mais didáticos, fluidos e, principalmente, aumentar as taxas de retenção e uso dos clientes. Mas e agora, o que as redes sociais estão fazendo em meio a uma pandemia mundial e o que a gente pode esperar do resto do ano?
Se observamos as tendências das redes sociais ao longo deste ano, percebemos um grande destaque do conteúdo audiovisual. Segundo dados levantados pelo site Breadnbeyond, 81% dos negócios utilizam vídeos em suas estratégias de marketing digital, com 95% das mensagens retidas quando passadas por vídeos. Por si só, esses dados já nos fazem entender o crescimento notável do TikTok e o esforço do Instagram de alcançar o seu concorrente, ou, como chamado pelo público, o “aplicativo vizinho”.
Uma grande briga política e econômica do aplicativo chinês com Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, fez com que se ele se tornasse o mais baixado do mundo em agosto de 2020, com 63,3 milhões de downloads, segundo o Sensor Tower. Sob risco de ser banido do país sob a justificativa de má utilização de dados e já tendo sido decretado extinto da Índia, local que garantia maior público do aplicativo em julho, o TikTok se manteve como o aplicativo mais lucrativo mundialmente no início de outubro deste ano.
Para enfrentar esse cenário, o Instagram lançou o Reels, ferramenta que permite aos usuários a publicação de vídeo de até 30 segundos (o dobro de tempo de quando foi lançado, em junho), com recursos musicais e de edição. Antes do lançamento mundial, o Brasil foi escolhido para testar a funcionalidade desde o final do ano passado, quando era ainda chamado de “Cenas”. Em agosto deste ano, foi distribuído para o resto dos países.
Vale lembrar que não é a primeira vez que a plataforma entra em briga de gente grande para competir com seus concorrentes. Em 2016, a chegada dos stories causou controvérsia com os fãs do Snapchat e garantiu às empresas uma maior independência para criação de conteúdo e vendas dentro da rede social – e obteve sucesso! O único problema do Reels, ainda, é a falta de disponibilidade de ads e de dados completos sobre alcance e impressões.
Mesmo com as suas diferenças e competições, as duas plataformas são perfeitas para observar tendências e o comportamento da audiência, sendo muito importante para entender os anseios dos seus públicos e estabelecer um contato direto, conforme apontamos no nosso último artigo. E suas similaridades vão além das suas funções – ambas permitem aumentar o engajamento, aumentar a promoção de vendas e converter mais públicos.
E quando o assunto é vender, Mark Zuckerberg, criador do Facebook, entende bem. Em março deste ano, foi anunciada a funcionalidade Facebook Shops, um e-commerce direto na rede social. A novidade ainda não chegou ao Brasil, mas já temos um gostinho dela na área de marketplace e nos perfis comerciais do Instagram.
Uma pesquisa do Beymard Institute, de 2015, indicou que 68% dos compradores online não finalizam suas compras. E, de acordo com a Revista E-Commerce Brasil, as chances de conclusões em compras com um clique é muito maior, ainda mais quando existe um canal aberto diretamente com o cliente. Ou seja, a estratégia da rede social do Mark é inteligente: a ferramenta garante que o usuário faça compras dentro da plataforma, com apenas um clique, e briga diretamente com os grandes sites de vendas online. Além disso, dados de 2018, da Mention, apontam que 71% das empresas americanas são estão utilizando o Instagram Business e 83% dos usuários encontram novos produtos e marcas através da plataforma.
Não passando despercebido, o Pinterest é outra rede que possui o seu valor e, por vezes, é esquecida nos planos de comunicação. A plataforma pode ser um ótimo canal a ser explorado para marcas que lidam com saúde, lifestyle, DIY, arquitetura e conteúdos visuais, além de ser um espaço barato para ads e com alto alcance orgânico. Fora que o espaço é uma grande fonte de inspiração para projetos, decorações e tutoriais e engloba cerca de 179 milhões de usuários, de acordo com dados da Hootsuite.
Com as novidades nas plataformas destacadas acima, é possível verificar algumas tendências que ainda podem bombar até o final deste ano e continuarem a todo vapor para 2021. As redes sociais vão continuar crescendo e mais da metade da população mundial já encontra-se nesses espaços. Segundo a Digital 2020, são cerca de 3,9 bilhões de usuários ativos em mídias sociais em todo o planeta. O Hootsuite ainda aponta os baby boomers, geração a partir dos 56 anos, como um importante fator para esse crescimento: eles estão abraçando a tecnologia, passando mais tempo nas redes sociais e consumindo mais conteúdo digital por causa da pandemia.
Sendo assim, é importante que as marcas reconheçam os grandes espaços e oportunidades que a internet permite levar ao seu negócio. Entender o Reels e o TikTok, por exemplo, como plataformas que vão além da produção de conteúdo, mas também como um espaço para gerar mais diálogo e interação com seus seguidores; ou perceber que o Facebook, mesmo um pouco esquecido por alguns usuários, não perdeu o seu poder.
Para continuar acompanhando as transformações nos cenários digitais e as tendências para o próximo ano, não deixe de assinar a nossa newsletter e conferir as redes sociais da Ondina!